quarta-feira, 20 de junho de 2007

Lua de ferro

Ferro, muito ferro que se amarfalha, entrecruza, que se corta em ângulos mais ou menos abertos, em diagonais, rectas e sabe-se lá mais o quê. Ferro em brasa, na brasa quente e húmida do fim de tarde. No topo de um prédio, uma lua em quarto minguante acabado de começar. A segurá-la, lá em cima, por cima do sol que já quase é zero, o ferro, a confusão de metal entrelaçado e invisível para quem a vê - essa Lua redonda, forjada, ferrada, a dar-se ares de cidade.

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